Malheur aux magistrats injustes!
V. 1-4: cf. Am 5:11, Am 12. Mi 3:1-4. Jé 5:9, Jé 29. Ja 2:13.
1 Malheur à ceux qui prononcent des ordonnances iniques,
Et à ceux qui transcrivent des arrêts injustes,
2 Pour refuser justice aux pauvres,
Et ravir leur droit aux malheureux de mon peuple,
Pour faire des veuves leur proie,
Et des orphelins leur butin!
3 Que ferez-vous au jour du châtiment,
Et de la ruine qui du lointain fondra sur vous?
Vers qui fuirez-vous, pour avoir du secours,
Et où laisserez-vous votre gloire?
4 Les uns seront courbés parmi les captifs,
Les autres tomberont parmi les morts.
Malgré tout cela, sa colère ne s’apaise point,
Et sa main est encore étendue.
Humiliation de l’Assyrie
V. 5-34: cf. (2 R 18:9, etc.; 19.) És 14:24-27. Na 1 à 3.
5 Malheur à l’Assyrien, verge de ma colère!
La verge dans sa main, c’est l’instrument de ma fureur.
6 Je l’ai lâché contre une nation impie,
Je l’ai fait marcher contre le peuple de mon courroux,
Pour qu’il se livre au pillage et fasse du butin,
Pour qu’il le foule aux pieds comme la boue des rues.
7 Mais il n’en juge pas ainsi,
Et ce n’est pas là la pensée de son cœur;
Il ne songe qu’à détruire,
Qu’à exterminer les nations en foule.
8 Car il dit:
Mes princes ne sont-ils pas autant de rois?
9 N’en a-t-il pas été de Calno comme de Carkemisch?
N’en a-t-il pas été de Hamath comme d’Arpad?
N’en a-t-il pas été de Samarie comme de Damas?
10 De même que ma main a atteint les royaumes des idoles,
Où il y avait plus d’images qu’à Jérusalem et à Samarie,
11 Ce que j’ai fait à Samarie et à ses idoles,
Ne le ferai-je pas à Jérusalem et à ses images?
12 Mais, quand le Seigneur aura accompli toute son œuvre
Sur la montagne de Sion et à Jérusalem,
Je punirai le roi d’Assyrie pour le fruit de son cœur orgueilleux,
Et pour l’arrogance de ses regards hautains.
13 Car il dit: C’est par la force de ma main que j’ai agi,
C’est par ma sagesse, car je suis intelligent;
J’ai reculé les limites des peuples, et pillé leurs trésors,
Et, comme un héros, j’ai renversé ceux qui siégeaient sur des trônes;
14 J’ai mis la main sur les richesses des peuples, comme sur un nid,
Et, comme on ramasse des œufs abandonnés,
J’ai ramassé toute la terre:
Nul n’a remué l’aile,
Ni ouvert le bec, ni poussé un cri.
15 La hache se glorifie-t-elle envers celui qui s’en sert?
Ou la scie est-elle arrogante envers celui qui la manie?
Comme si la verge faisait mouvoir celui qui la lève,
Comme si le bâton soulevait celui qui n’est pas du bois!
16 C’est pourquoi le Seigneur, le Seigneur des armées, enverra
Le dépérissement parmi ses robustes guerriers;
Et, sous sa magnificence, éclatera un embrasement,
Comme l’embrasement d’un feu.
17 La lumière d’Israël deviendra un feu,
Et son Saint une flamme,
Qui consumera et dévorera ses épines et ses ronces,
En un seul jour;
18 Qui consumera, corps et âme,
La magnificence de sa forêt et de ses campagnes.
Il en sera comme d’un malade, qui tombe en défaillance.
19 Le reste des arbres de sa forêt pourra être compté,
Et un enfant en écrirait le nombre.
20 En ce jour-là,
Le reste d’Israël et les réchappés de la maison de Jacob,
Cesseront de s’appuyer sur celui qui les frappait;
Ils s’appuieront avec confiance sur l’Éternel, le Saint d’Israël.
21 Le reste reviendra, le reste de Jacob,
Au Dieu puissant.
22 Quand ton peuple, ô Israël, serait comme le sable de la mer,
Un reste seulement reviendra;
La destruction est résolue, elle fera déborder la justice.
23 Et cette destruction qui a été résolue,
Le Seigneur, l’Éternel des armées, l’accomplira dans tout le pays.
24 Cependant, ainsi parle le Seigneur, l’Éternel des armées:
O mon peuple, qui habites en Sion, ne crains pas l’Assyrien!
Il te frappe de la verge,
Et il lève son bâton sur toi, comme faisaient les Égyptiens.
25 Mais, encore un peu de temps,
Et le châtiment cessera,
Puis ma colère se tournera contre lui pour l’anéantir.
26 L’Éternel des armées agitera le fouet contre lui,
Comme il frappa Madian au rocher d’Oreb;
Et, de même qu’il leva son bâton sur la mer,
Il le lèvera encore, comme en Égypte.
27 En ce jour, son fardeau sera ôté de dessus ton épaule,
Et son joug de dessus ton cou;
Et la graisse fera éclater le joug.
28 Il marche sur Ajjath, traverse Migron,
Laisse ses bagages à Micmasch.
29 Ils passent le défilé,
Ils couchent à Guéba;
Rama tremble, Guibea de Saül prend la fuite.
30 Fais éclater ta voix, fille de Gallim!
Prends garde, Laïs! Malheur à toi, Anathoth!
31 Madména se disperse,
Les habitants de Guébim sont en fuite.
32 Encore un jour de halte à Nob,
Et il menace de sa main la montagne de la fille de Sion,
La colline de Jérusalem.
33 Voici, le Seigneur, l’Éternel des armées,
Brise les rameaux avec violence:
Les plus grands sont coupés,
Les plus élevés sont abattus.
34 Il renverse avec le fer les taillis de la forêt,
Et le Liban tombe sous le Puissant.
1 Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidades, 2 para prejudicarem os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo, e para despojarem as viúvas, e para roubarem os órfãos! 3 Mas que fareis vós outros no dia da visitação e da assolação que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória, 4 sem que cada um se abata entre os presos e caia entre os mortos? Com tudo isto a sua ira não se apartou, mas ainda está estendida a sua mão.
Predição da ruína da Assíria
5 Ai da Assíria, a vara da minha ira! Porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos. 6 Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas, 7 ainda que ele não cuide assim, nem o seu coração assim o imagine; antes, no seu coração, intenta destruir e desarraigar não poucas nações. 8 Porque diz: Não são meus príncipes todos eles reis? 9 Não é Calno como Carquemis? Não é Hamate como Arpade? E Samaria, como Damasco? 10 A minha mão alcançou os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens de escultura eram melhores do que as de Jerusalém e do que as de Samaria. 11 Porventura, como fiz a Samaria e aos seus ídolos, não o faria igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos?
12 Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos. 13 Porquanto disse: Com a força da minha mão fiz isto e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e, como valente, abati aos que se sentavam sobre tronos. 14 E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho; e, como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda a terra; e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou murmurasse.
15 Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira! 16 Pelo que o Senhor, o Senhor dos Exércitos, fará definhar os que entre eles são gordos e, debaixo da sua glória, ateará um incêndio, como incêndio de fogo. 17 Porque a Luz de Israel virá a ser como fogo, e o seu Santo, como labareda que abrase e consuma os seus espinheiros e as suas sarças em um dia. 18 Também consumirá a glória da sua floresta e do seu campo fértil, desde a alma até ao corpo; e será como quando desmaia o porta-bandeira. 19 E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar.
20 E acontecerá, naquele dia, que os resíduos de Israel e os escapados da casa de Jacó nunca mais se estribarão sobre o que os feriu; antes, se estribarão sobre o Senhor, o Santo de Israel, em verdade. 21 Os resíduos se converterão, sim, os resíduos de Jacó, ao Deus forte. 22 Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, um resto dele se converterá; uma destruição está determinada, trasbordando de justiça. 23 Porque determinada já a destruição, o Senhor Jeová dos Exércitos a executará no meio de toda esta terra.
24 Pelo que assim diz o Senhor Jeová dos Exércitos: Não temas, povo meu, que habitas em Sião, a Assíria, quando te ferir com a vara e contra ti levantar o seu bordão, à maneira dos egípcios; 25 porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação e a minha ira, para os consumir. 26 Porque o Senhor dos Exércitos suscitará contra ele um flagelo, como a matança de Midiã junto à rocha de Orebe e como a sua vara sobre o mar, que contra ele se levantará, como sucedeu aos egípcios. 27 E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção.
28 vem chegando a Aiate, vai passando por Migrom e, em Micmás, lança a sua bagagem. 29 vão passando, se alojam em Geba; Ramá treme, e Gibeá de Saul vai fugindo. 30 Clama alto com a tua voz, ó filha de Galim! Ouve, ó Laís! Ó tu, pobre Anatote! 31 Madmena se foi; os moradores de Gebim vão fugindo em bandos. 32 Neste mesmo dia, parará em Nobe, acenará com a sua mão ao monte da filha de Sião, o outeiro de Jerusalém.
33 Mas eis que o Senhor Jeová dos Exércitos desbastará os ramos com violência, e os de alta estatura serão cortados, e os altivos serão abatidos. 34 E cortará com o ferro a espessura da floresta, e o Líbano cairá pela mão de um poderoso.