V. 1-13: cf. (Job 32:2; 34:1-11.) Pr 12:26.
1 Maintenant donc, Job, écoute mes discours,
Prête l’oreille à toutes mes paroles!
2 Voici, j’ouvre la bouche,
Ma langue se remue dans mon palais.
3 C’est avec droiture de cœur que je vais parler,
C’est la vérité pure qu’exprimeront mes lèvres:
4 L’esprit de Dieu m’a créé,
Et le souffle du Tout-Puissant m’anime.
5 Si tu le peux, réponds-moi,
Défends ta cause, tiens-toi prêt!
6 Devant Dieu je suis ton semblable,
J’ai été comme toi formé de la boue;
7 Ainsi mes terreurs ne te troubleront pas,
Et mon poids ne saurait t’accabler.
8 Mais tu as dit à mes oreilles,
Et j’ai entendu le son de tes paroles:
9 Je suis pur, je suis sans péché,
Je suis net, il n’y a point en moi d’iniquité.
10 Et Dieu trouve contre moi des motifs de haine,
Il me traite comme son ennemi;
11 Il met mes pieds dans les ceps,
Il surveille tous mes mouvements.
12 Je te répondrai qu’en cela tu n’as pas raison,
Car Dieu est plus grand que l’homme.
13 Veux-tu donc disputer avec lui,
Parce qu’il ne rend aucun compte de ses actes?
V. 14-18: cf. Ge 20. Ps 32:8, Ps 9.14 Dieu parle cependant, tantôt d’une manière,
Tantôt d’une autre, et l’on n’y prend point garde.
15 Il parle par des songes, par des visions nocturnes,
Quand les hommes sont livrés à un profond sommeil,
Quand ils sont endormis sur leur couche.
16 Alors il leur donne des avertissements
Et met le sceau à ses instructions,
17 Afin de détourner l’homme du mal
Et de le préserver de l’orgueil,
18 Afin de garantir son âme de la fosse
Et sa vie des coups du glaive.
V. 19-33: cf. Ps 107:17-22Ps 6Ps 116. És 38:9, etc.19 Par la douleur aussi l’homme est repris sur sa couche,
Quand une lutte continue vient agiter ses os.
20 Alors il prend en dégoût le pain,
Même les aliments les plus exquis;
21 Sa chair se consume et disparaît,
Ses os qu’on ne voyait pas sont mis à nu;
22 Son âme s’approche de la fosse,
Et sa vie des messagers de la mort.
23 Mais s’il se trouve pour lui un ange intercesseur,
Un d’entre les mille
Qui annoncent à l’homme la voie qu’il doit suivre,
24 Dieu a compassion de lui et dit à l’ange:
Délivre-le, afin qu’il ne descende pas dans la fosse;
J’ai trouvé une rançon!
25 Et sa chair a plus de fraîcheur qu’au premier âge,
Il revient aux jours de sa jeunesse.
26 Il adresse à Dieu sa prière; et Dieu lui est propice,
Lui laisse voir sa face avec joie,
Et lui rend son innocence.
27 Il chante devant les hommes et dit:
J’ai péché, j’ai violé la justice,
Et je n’ai pas été puni comme je le méritais;
28 Dieu a délivré mon âme pour qu’elle n’entrât pas dans la fosse,
Et ma vie s’épanouit à la lumière!
29 Voilà tout ce que Dieu fait,
Deux fois, trois fois, avec l’homme,
30 Pour ramener son âme de la fosse,
Pour l’éclairer de la lumière des vivants.
31 Sois attentif, Job, écoute-moi!
Tais-toi, et je parlerai!
32 Si tu as quelque chose à dire, réponds-moi!
Parle, car je voudrais te donner raison.
33 Si tu n’as rien à dire, écoute-moi!
Tais-toi, et je t’enseignerai la sagesse.
Eliú acusa Jó de se opor a Deus e de entender mal os seus caminhos
1 Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras. 2 Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar. 3 As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios. 4 O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida. 5 Se podes, responde-me; dispõe bem as tuas razões e levanta-te. 6 Eis que vim de Deus, como tu; do lodo também eu fui formado. 7 Eis que não te perturbará o meu terror, nem será pesada sobre ti a minha mão.
8 Na verdade, tu falaste aos meus ouvidos; e eu ouvi a voz das tuas palavras; dizias: 9 Limpo estou, sem transgressão; puro sou; e não tenho culpa. 10 Eis que ele acha contra mim ocasiões e me considerou como seu inimigo. 11 Põe no tronco os meus pés e observa todas as minhas veredas. 12 Eis que nisto te respondo: Não foste justo; porque maior é Deus do que o homem. 13 Por que razão contendes com ele? Porque ele não dá contas de nenhum dos seus feitos. 14 Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso. 15 Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama, 16 então, abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a sua instrução, 17 para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba; 18 para desviar a sua alma da cova e a sua vida, de passar pela espada.
19 Também na sua cama é com dores castigado, e com a incessante contenda dos seus ossos; 20 de modo que a sua vida abomina até o pão; e a sua alma, a comida apetecível. 21 Desaparece a sua carne a olhos vistos; e os seus ossos, que se não viam, agora aparecem; 22 e a sua alma se vai chegando à cova; e a sua vida, ao que traz morte.
23 Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete, um entre milhares para declarar ao homem a sua retidão, 24 então, terá misericórdia dele e lhe dirá: Livra-o, que não desça à cova; já achei resgate. 25 Sua carne se reverdecerá mais do que na sua infância e tornará aos dias da sua juventude. 26 Deveras, orará a Deus, que se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça. 27 Olhará para os homens e dirá: Pequei e perverti o direito, o que de nada me aproveitou. 28 Mas Deus livrou a minha alma de ir para a cova; e a minha vida verá a luz.
29 Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem, 30 para desviar a sua alma da perdição e o alumiar com a luz dos viventes. 31 Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei. 32 Se tens alguma coisa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te. 33 Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.