Discours d’Éliphaz à Job
V. 1-11: cf. (Ps 30:7, 8. Hé 12:5, 12.) Ga 6:7, 8.
1 Éliphaz de Théman prit la parole et dit:
2 Si nous osons ouvrir la bouche, en seras-tu peiné?
Mais qui pourrait garder le silence?
3 Voici, tu as souvent enseigné les autres,
Tu as fortifié les mains languissantes,
4 Tes paroles ont relevé ceux qui chancelaient,
Tu as affermi les genoux qui pliaient.
5 Et maintenant qu’il s’agit de toi, tu faiblis!
Maintenant que tu es atteint, tu te troubles!
6 Ta crainte de Dieu n’est-elle pas ton soutien?
Ton espérance, n’est-ce pas ton intégrité?
7 Cherche dans ton souvenir: quel est l’innocent qui a péri?
Quels sont les justes qui ont été exterminés?
8 Pour moi, je l’ai vu, ceux qui labourent l’iniquité
Et qui sèment l’injustice en moissonnent les fruits;
9 Ils périssent par le souffle de Dieu,
Ils sont consumés par le vent de sa colère,
10 Le rugissement des lions prend fin,
Les dents des lionceaux sont brisées;
11 Le lion périt faute de proie,
Et les petits de la lionne se dispersent.
V. 12-21: cf. Job 33:14-18. (Job 25:4-6; 15:14-16.)
12 Une parole est arrivée furtivement jusqu’à moi,
Et mon oreille en a recueilli les sons légers.
13 Au moment où les visions de la nuit agitent la pensée,
Quand les hommes sont livrés à un profond sommeil,
14 Je fus saisi de frayeur et d’épouvante,
Et tous mes os tremblèrent.
15 Un esprit passa près de moi…
Tous mes cheveux se hérissèrent…
16 Une figure d’un aspect inconnu était devant mes yeux,
Et j’entendis une voix qui murmurait doucement:
17 L’homme serait-il juste devant Dieu?
Serait-il pur devant celui qui l’a fait?
18 Si Dieu n’a pas confiance en ses serviteurs,
S’il trouve de la folie chez ses anges,
19 Combien plus chez ceux qui habitent des maisons d’argile,
Qui tirent leur origine de la poussière,
Et qui peuvent être écrasés comme un vermisseau!
20 Du matin au soir ils sont brisés,
Ils périssent pour toujours, et nul n’y prend garde;
21 Le fil de leur vie est coupé,
Ils meurent, et ils n’ont pas acquis la sagesse.
Elifaz repreende Jó
1 Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2 Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras? 3 Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas. 4 As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificaste. 5 Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas. 6 Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?
7 Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? 8 Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo. 9 Com o hálito de Deus perecem; e com o assopro da sua ira se consomem. 10 O bramido do leão, e a voz do leão feroz, e os dentes dos leõezinhos se quebrantam. 11 Perece o leão velho, porque não há presa, e os filhos da leoa andam dispersos.
12 Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela. 13 Entre pensamentos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono profundo, 14 sobreveio-me o espanto e o tremor, e todos os meus ossos estremeceram. 15 Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne; 16 parou ele, mas não conheci a sua feição; um vulto estava diante dos meus olhos; e, calando-me, ouvi uma voz que dizia: 17 Seria, porventura, o homem mais justo do que Deus? Seria, porventura, o varão mais puro do que o seu Criador? 18 Eis que nos seus servos não confia e nos seus anjos encontra loucura; 19 quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são machucados como a traça! 20 Desde de manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem, sem que disso se faça caso. 21 Porventura, não passa com eles a sua excelência? Morrem, mas sem sabedoria.