Monologue de Job: son ancienne prospérité, ses souffrances actuelles, son innocence
V. 1-25: cf. (Ps 1:1-3; 112; 128.) Job 31:16-21, 31, 32. És 58:10-12.1 Job prit de nouveau la parole sous forme sentencieuse et dit:
2 Oh! Que ne puis-je être comme aux mois du passé,
Comme aux jours où Dieu me gardait,
3 Quand sa lampe brillait sur ma tête,
Et que sa lumière me guidait dans les ténèbres!
4 Que ne suis-je comme aux jours de ma vigueur,
Où Dieu veillait en ami sur ma tente,
5 Quand le Tout-Puissant était encore avec moi,
Et que mes enfants m’entouraient;
6 Quand mes pieds se baignaient dans la crème
Et que le rocher répandait près de moi des ruisseaux d’huile!
7 Si je sortais pour aller à la porte de la ville,
Et si je me faisais préparer un siège dans la place,
8 Les jeunes gens se retiraient à mon approche,
Les vieillards se levaient et se tenaient debout.
9 Les princes arrêtaient leurs discours,
Et mettaient la main sur leur bouche;
10 La voix des chefs se taisait,
Et leur langue s’attachait à leur palais.
11 L’oreille qui m’entendait me disait heureux,
L’œil qui me voyait me rendait témoignage;
12 Car je sauvais le pauvre qui implorait du secours,
Et l’orphelin qui manquait d’appui.
13 La bénédiction du malheureux venait sur moi;
Je remplissais de joie le cœur de la veuve.
14 Je me revêtais de la justice et je lui servais de vêtement,
J’avais ma droiture pour manteau et pour turban.
15 J’étais l’œil de l’aveugle
Et le pied du boiteux.
16 J’étais le père des misérables,
J’examinais la cause de l’inconnu;
17 Je brisais la mâchoire de l’injuste,
Et j’arrachais de ses dents la proie.
18 Alors je disais: Je mourrai dans mon nid,
Mes jours seront abondants comme le sable;
19 L’eau pénétrera dans mes racines,
La rosée passera la nuit sur mes branches;
20 Ma gloire reverdira sans cesse,
Et mon arc rajeunira dans ma main.
21 On m’écoutait et l’on restait dans l’attente,
On gardait le silence devant mes conseils.
22 Après mes discours, nul ne répliquait,
Et ma parole était pour tous une bienfaisante rosée;
23 Ils comptaient sur moi comme sur la pluie,
Ils ouvraient la bouche comme pour une pluie du printemps.
24 Je leur souriais quand ils perdaient courage,
Et l’on ne pouvait chasser la sérénité de mon front.
25 J’aimais à aller vers eux, et je m’asseyais à leur tête;
J’étais comme un roi au milieu d’une troupe,
Comme un consolateur auprès des affligés.
Lamentação de Jó lembrando-se do seu primeiro estado
1 E, prosseguindo Jó em sua parábola, disse: 2 Ah! Quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava! 3 Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas; 4 como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda; 5 quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim; 6 quando lavava os meus passos em manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite; 7 quando saía para a porta da cidade e na praça fazia preparar a minha cadeira. 8 Os moços me viam e se escondiam; e os idosos se levantavam e se punham em pé; 9 os príncipes continham as suas palavras e punham a mão sobre a boca; 10 a voz dos chefes se escondia, e a sua língua se pegava ao seu paladar; 11 ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim; 12 porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse. 13 A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva. 14 Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste; como manto e diadema era o meu juízo. 15 Eu era o olho do cego e os pés do coxo; 16 dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; 17 e quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa. 18 E dizia: no meu ninho expirarei e multiplicarei os meus dias como a areia. 19 A minha raiz se estendia junto às águas, e o orvalho fazia assento sobre os meus ramos; 20 a minha honra se renovava em mim, e o meu arco se reforçava na minha mão.
21 Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho. 22 Acabada a minha palavra, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles; 23 porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia. 24 Se me ria para eles, não o criam e não faziam abater a luz do meu rosto; 25 se eu escolhia o seu caminho, assentava-me como chefe; e habitava como rei entre as suas tropas, como aquele que consola os que pranteiam.